Quando saí, tranquei bem a porta
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LIFEHOUSE - LEARN YOU INSIDE OUT
Talvez eu não tenha dito que te amava tantas vezes
quanto queria ter dito, mas mesmo assim, ainda hoje acredito que cê sentia
todas as vezes que o “eu te amo” vinha de outra forma e não em palavras.
Quando segurava tua mão, acariciava teu rosto ou beijava teu pescoço.
Cada gesto, cada olhar, em seu significado mais íntimo, poderia ser traduzido como mais um “eu te amo” desferido.
Mesmo sem “eu te amos” suficientes, mesmo sem
pegadas e beijos consideráveis, mesmo sem olhares que expressassem tanto amor,
mesmo com tão pouco tempo que tivemos, sei que muita coisa nós aprendemos.
E
não se preocupe, quando saí, tranquei bem a porta.
E por mais que as lembranças me forcem a andar pra
trás, a ponto de encostar-me àquela porta algumas vezes, fique tranquila,
linda, não vou abri-la. Não que eu não queira, mas é que não consigo mais, não
dá mais.
E eu que, um dia, achei que começar a viver sem você seria o início do
meu fim. Bom, não foi. Ainda estou aqui.
Nosso amor foi uma das melhores coisas que já me
aconteceu, e continua sendo. Mesmo com você por aí e eu aqui. Eu aprendi tanto
com você e talvez nunca mais encontre alguém assim. Você sempre será o amor que
não ficou, mas que também não se foi.
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