Carta ao meu primeiro amor verdadeiro
Leia ao som de:
KEATON HENSON - SWEETHEART, WHAT HAVE YOU DONE TO US
Você nunca soube das cartas rabiscadas que eu desisti de te entregar. Você não sabe das várias declarações idealizadas que eu nunca realizei. Você não faz ideia da quantidade de “eu te amos” que eu evitava falar durante o dia por você acreditar que isso poderia banalizar nosso amor.
Você não sabe – nunca soube – o quanto eu te amei. Você
sempre achou que sabia. Mas não, acredite, você nunca chegou nem perto de
imaginar o tamanho do meu amor por você. Disso eu tenho certeza.
E pensar que você já chegou a me pedir provas de amor. Ah...
Eu lutei por você até não conseguir mais, ultrapassei todos os meus limites, e
depois disso tudo, já exausto – mas ainda te amando pra caralho – eu te deixei
ir. Quer maior prova de amor que essa?
Acho que algumas coisas foram feitas pra não durar mesmo,
sabe? Como se já estivesse tudo programado pra acontecer daquele jeito: Início
e fim. Sem meio. Sem “mas”. Sem mais. Destino...
Você acredita em destino? Eu estava acreditando cegamente há
dois minutos. Agora, pensando melhor sobre o que escrevi no parágrafo anterior,
acho que não acredito muito nessa história de que “algumas coisas foram feitas
pra não durar”. Talvez algumas coisas ainda aconteçam por estarem destinadas a
acontecer. Talvez. Mas acredito que quase nada acontece por acaso ou destino. E
nós termos nos afastado e não lutado um pouco mais por nosso amor não foi
acaso. Às vezes nós insistimos em escolher acreditar que certas coisas
aconteceram por puro decreto do destino, apoiados na esperança de aliviar o
peso na consciência por estarmos fazendo a escolha errada.
Talvez tenha sido acaso nós termos nos esbarrado, talvez
tenha sido por acaso que nossos olhos se encontraram e nossos corações se
ligaram, resultando em mais dois pobres mortais apaixonados.
Talvez tenha sido destino, eu ter te amado. Talvez. Talvez
tenha sido mera obra do acaso ou destino, você ter sido a primeira a me amar
mesmo eu ainda sendo um ingênuo “menino”.
Talvez tudo isso tenha sido por acaso. Mas nós termos nos
afastado e não lutado um pouco mais por nosso amor não foi acaso. Não foi
destino.
Mas talvez tenha sido melhor assim. Se foi uma decisão errada
ou não termos desfeito "nosso nós", saiba que você despertou o melhor
de mim. E eu sempre serei grato por isso.
P.S. E sim, eu ainda te amo.
- Allison Christian Freitas
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