Porque eu te amo.
Leia ao som de:
SANTIAGO LASERNA - FOR A WHILE
Eu te amo. E embora eu não saiba fazer isso
direito, eu ainda tento. Não sei
explicar bem o porquê desse amor.
Já tentei me convencer de que era por causa
do teu sorriso, do teu olhar, ou porque você se enrola toda ao falar. Já tentei
me convencer de que talvez não fosse nada disso, de que na verdade, eu havia me
confundido.
É, troquei você pela imagem da pessoa perfeita que
eu havia criado em minha cabeça. Troquei você pelo amor da minha vida. Troquei
você por aquela que me mudaria ou, quem sabe, talvez, me completaria. Aquela
que sararia minhas feridas, ou que chegaria quando eu já estivesse pronto,
cheio, completo comigo mesmo, e me faria transbordar.
Por um tempo tentei entender esse amor, o porquê
disso tudo. Sei que não foi de repente, até porque amor à primeira vista não
existe. Paixão sim, mas amor não. Amor e paixão são completamente diferentes.
Amor se desenvolve convivendo. Amar é um processo lento. Exige tempo.
Daí percebi que todo esse tempo ao seu lado me
serviu como aprendizado. Eu aprendi a te amar. Como amigo, aprendi que nem
sempre vou poder te confortar com minhas palavras, mas talvez possa te escutar
sempre que precisar, só te escutar.
Enquanto se recosta em meu ombro, ou deita em meu colo.
Eu tentei entender, tentei mesmo.
Só pra
poder te explicar.
“O que me levou a te amar?”
Eu não sei exatamente, mas resolvi, finalmente,
deixar todas essas explicações de lado. Porque assim como nenhum afogado pode saber
qual gota d’água fez a sua respiração parar, eu não sei exatamente o que me
levou a te amar.
Citação:
“Nenhum afogado pode saber
qual a gota de água que
fez a sua respiração parar.”
- Sir Charles Sedley
(1639-1701), poeta e dramaturgo inglês.
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